Muitas palavras, pouco sentido...


17.7.06

Adeus

Desculpe minhas palavras moídas e desconexas, mas você bem sabe...cartas de amor são todas assim, desajeitadas, melosas.
Eu te escrevo pra te dizer como anda tudo por aqui, por dentro.
Meu coração dói, e a culpa é sua, toda sua. Eu já cansei de contar as vezes em que você entra aqui dizendo que me ama e depois se vira, some.
Cansei de olhar nos teus olhos e não enxergar verdade nenhuma. Cansei de sempre ser deixada de lado.
Suas roupas espalhadas por toda a casa ainda exalam teu cheiro...É, vai ser difícil, amor. Eu te amo. E quando disse que sempre te amarei, é porque sempre te amarei. Mas esse jogo de palavras vazias cansa.
É pra onde tudo converge. Um fim. Acho que esse sempre foi nosso destino.
Mesmo com todas aquelas promessas, no fundo eu acreditava que ia acabar. E acabou.
Tudo que está acontecendo agora talvez fosse já previsto por mim.
Eu tento rearrumar o apartamento de forma que não sobre mais sombra de nós dois.
Isso é triste, sabe?...logo pra mim que sempre acreditei na importância das lembranças.
Mas tantas feridas estão ainda abertas...
Talvez se você vier pedir um colo amigo eu ainda não esteja pronta....
Ainda haverá o dia em que estarei.
Sim amor, nesse dia existirá dentro de mim uma pessoa melhor.
Mas agora, agora essas fotografias espalhadas pela casa me causam vertigem.
Talvez seja melhor assim.
A partir de hoje você já não existe pra mim.
Adeus.

3.7.06

Carta de despedida à algum grande amor.

Eu, boba, andando a esmo
gritando alto por ajuda
Gritos abafados pelos passos alheios à minha realidade.
Eu me fecho dentro dos meus sonhos perdidos
Minhas frutas caídas no chão
Minhas palavras cuspidas ao vento.
Um descaso incomum.
Descaso.
O Eu Te Amo tornou-se um lugar-comum?
Você entende o que eu digo?
Eu Te Amo.
Me ouça.
Me sinta.
Não me jogue no rio, já cansei de remar sempre contra a corrente.
Sou o abismo mesmo!
Se eu provoco vertigens, ao menos sei que posso provocar um delicioso frio na barriga.
E você sabe disso.
É aquela mistura, doce/amargo.
Aquela mistura paradoxa.
Nos mantêm vivos, lembra?
E nossos frutos, jogados!
E eu, descartada.
Um cigarro amassado no chão.
Eu já não me amo mais.
Já perdi os sentidos, já perdi o caminho.
E você sabe disso.
O seu desejo, eu sei, é de me matar.
Seu euteamo vazio já não me encontra mais.
Adeus.

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